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Dono de posto de combustíveis faz desvio na BR-050 para evitar falência

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Antes mesmo do início das operações de um posto de combustíveis (Comboio) às margens da BR-050, precisamente no km 286 da rodovia, uma pequena estrada já era utilizada para ligar, principalmente, o bairro Pontal Norte aos setores sentido Centro. Essa mesma via, irregular até o início deste ano, diga-se de passagem, era também o principal acesso para veículos ao posto.

Devido a série de transtornos causados pela poeira e o constante fluxo de caminhões no local, a única universidade particular de Catalão (Cesuc) buscou na Justiça o bloqueio da passagem e valas foram abertas impedindo o transitar de todo tipo de veículo, o que muito afetou as vendas da empresa. Para agravar a situação a MGO Rodovias, concessionária que administra a duplicação da BR-050, havia instalado guard-rails no mesmo perímetro impedindo também o ir e vir dos moradores do bairro citado. Isso ocorrera no fim de setembro de 2013.

Preocupado com a situação o dono do posto, Jean Borges Tavares, recorreu aos vereadores do município chegando até a participar de uma sessão da Câmara Municipal em protesto e para buscar soluções.

Os vereadores de Catalão, vendo a necessidade de se fazer algo, chegaram a aprovar projeto de lei para a legalização do atalho como rua, o que foi concretizado e votado por unanimidade na 21ª reunião extraordinária da Câmara, ocorrida no dia 02 de junho. Batizada como Rua Weber Machado, a via tem servido para todos que dependem do acesso naquela localização.

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A reportagem esteve mais uma vez no local e verificou mais mudanças. Agora, os motoristas que trafegam pela BR sentido Minas Gerais contam com novo acesso ao posto, o que não existia há até poucos dias. “É que como o prazo para a duplicação chegar em Catalão seria de cerca de dois anos ainda, eu mesmo pedi autorização à MGO e ao Denit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) para eu mesmo fazer uma ligação até meu posto. Se eu não fizesse esse desvio provavelmente teria que fechar as portas, porque não seria viável para mim esperar todo esse tempo para a duplicação chegar até aqui. Diante disso, eu preferi tirar dinheiro do meu bolso para fazer o desvio”, explicou. Tavares contou ainda que a obra custou pouco mais de R$ 300 mil e que assim o fez por não suportar mais prejuízos.

O empresário falou também que só conseguiu autorização para a realização do serviço com a ajuda do deputado federal Daniel Vilela (PMDB), que intercedeu junto ao Denit para a liberação da mesma. “Infelizmente não pude fazer o mesmo do outro lado da rodovia para beneficiar os moradores do Pontal Norte, os custos seriam em dobro ou muito mais”, justificou ele. Os guard-rails continuam abstento o transitar dos moradores.

Mesmo terminada a via secundária ainda não foi liberada pelo órgão fiscalizador, mas o acesso já está sendo usado por centenas de motoristas todos os dias.

Por: Gustavo Vieira