Sem categoria

Governo fecha agosto com notícias positivas para economia

Spread the love

Governo fecha agosto com notícias positivas para economia

 

PIB surpreende positivamente, desemprego apresenta menor taxa dede 2014 e salário mínimo tem aumento real garantido. Lula editou matérias taxando os super-ricos.

 

O mês de agosto revelou dados positivos da economia brasileira. Ao contrário do que as previsões do mercado financeiro e dos editorialistas da grande imprensa anunciavam, o oitavo mês do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve PIB (Produto Interno Bruto) surpreendendo, menor taxa de desemprego desde 2014, além do retorno da política de valorização do salário mínimo.

Nesta sexta (1), o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou crescimento de 0,9% do (PIB) no segundo semestre de 2023, taxa três vezes maior do que apontava a expectativa de 74 consultorias e bancos ouvidos pelo Valor Econômico.

Saiba mais: PIB do 2º trimestre cresce 0,9%, o triplo do previsto pelo mercado

A mediana das estimativas do mercado projetava crescimento de 0,3%. Após a divulgação pelo IBGE, bancos como o Goldman Sachs, J.P. Morgan, Barclays e Guide engoliram a seco e elevaram a projeção para o PIB deste ano.

A consequência mais grave da visão turva do mercado é que a política monetária leva em conta as “expectativas do mercado”. Uma vez que os analistas da Faria Lima, por ideologia ou miopia, avaliam os índices macroeconômicos de forma equivocada, o Banco Central passa a atualizar a taxa básica de juros, a Selic, baseado em informações desconexas com a realidade.

Ao revisar a previsão do PIB de 2023, de 2,1% para 3%, o banco Barclay justificou o aumento diante do “consumo resiliente em um contexto de expansão fiscal e de um mercado de trabalho forte”.

Por “mercado de trabalho forte”, o economista-chefe para Brasil do banco britânico, Roberto Secemski, se refere aos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta quinta-feira (31), pelo IBGE.

Segundo o instituto, o Brasil atingiu a menor taxa de desemprego para um trimestre encerrado em julho desde 2014, com 7,9%. Com isso, o Brasil chegou a 99,3 milhões de trabalhadores empregados, ante 8,5 milhões de desempregados.

De acordo com o mesmo levantamento, o rendimento real habitual ficou em R$ 2.891, que, mesmo que estável ante o trimestre anterior, ainda é 7,5% maior que na comparação com o mesmo período do ano passado.

Saiba mais: Desemprego cai a 7,9% no Brasil e tem menor patamar em 9 anos

Ao citar o “consumo resiliente”, Secemski se refere a retomada da política de valorização do salário mínimo, sancionada pelo presidente Lula na segunda (28).

A partir de 2024, o reajuste terá como base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) dos 12 meses anteriores e a taxa de crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo ano anterior ao ano vigente. Caso o PIB não apresente crescimento real, o salário mínimo será reajustado pelo INPC.

Com a sanção de Lula, estima-se que o salário mínimo poderá chegar a R$ 1.461. Em maio, o governo já havia elevado o salário mínimo para R$ 1.320.

Com isso, o mercado de trabalho observará um aumento real do salário mínimo acima da inflação por dois anos seguidos, algo que não aconteceu na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Saiba mais: Salário mínimo pode chegar a R$ 1.461 já em 2024, aponta o governo

Lula coloca os super-ricos na tributação brasileira

Na última segunda (28), o governo editou uma medida provisória que prevê a cobrança de 15% a 22,5% sobre rendimentos dos fundos exclusivos, conhecidos como fundos dos “super-ricos”, e enviou ao Congresso projeto de lei que tributa os fundos off-shore.

Até o fim do ano, ainda é esperado a segunda etapa da Reforma Tributária, que atualizaria as alíquotas de lucros e dividendos.

“Durante a campanha eu dizia que a solução do Brasil vai ser encontrada quando a gente decidir colocar o rico no Imposto de Renda e o pobre no Orçamento. É isso que nós começamos a fazer ontem”, declarou na terça, ao programa Conversa Com o Presidente, da EBC.

“É importante que compreendam que o estado de bem-estar social da Europa é feito porque há uma contribuição equânime, mais justa do pagamento de imposto de renda. Não é como no Brasil que quem paga mais é o mais pobre, que paga mais do que o dono do banco”, concluiu

Saiba mais: Brasil perde bilhões em favor dos endinheirados por falta de tributação

Saiba mais: Fundos exclusivos de super-ricos têm saída de R$ 71 bilhões este ano

Lula diz que não adianta o PIB crescer sem distribuição

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, nesta sexta (1), em evento no Ceará, disse que que “não adianta” o PIB do país crescer sem que seja “distribuído”.

“A gente não pode assistir na TV que o PIB cresceu, mas não foi distribuído. […] O PIB começou a ser distribuído quando nós aumentamos o salário mínimo [em mandatos anteriores]”, falou.

“Eu espero que alguns economistas brasileiros e o senhor presidente do Banco Central estejam assistindo a essa solenidade. Porque essa gente precisa compreender que o dinheiro que existe neste país precisa circular nas mãos de muita gente. Se o dinheiro ficar parado nas mãos de poucas pessoas, é concentração de riqueza”, disse o presidente.

No Ceará, Lula disse que a distribuição de renda gera mais empregos. “O pouco dinheiro que é distribuído para muita gente vai gerar mais emprego, mais desenvolvimento, mais comércio, mais fábrica. E economia vai crescer”, afirmou.

Saiba mais: “Espero que o Congresso proteja os mais pobres”, diz Lula após MP dos Super-Ricos