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Deputados criticam discurso raivoso da oposição e defendem diálogo

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A primeira semana dos trabalhos legislativos após o segundo turno das eleições presidenciais foi marcada por discursos raivosos da oposição, derrotada no pleito, e a insistência em dividir o Brasil em dois, ignorando a maioria dos votos dados a Dilma Rousseff, que garantiu sua reeleição. Os deputados da base governista rebateram os argumentos dos tucanos. E pediram que o palanque eleitoral fosse deixado para trás e se buscasse o entendimento político pelo bem do país.

 

Agência Câmara

O deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), um dos líderes da bancada ruralista, afirmou que os ministros deveriam ser levados ao Congresso “debaixo de vara”.

O deputado Márcio Macêdo (PT-SE) viveu uma situação extrema na reunião da Comissão de Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Desenvolvimento Rural, com as tentativas da oposição de inserir a questão eleitoral nos debates internos da Câmara.

Ele defendeu que os políticos serenassem os ânimos e aprendessem a conviver democraticamente com o resultado da eleição do último domingo (26), que estabeleceu a vitória da presidenta Dilma Rousseff (PT).

“Debaixo de vara (?)”

Em discussão com os deputados federais Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Nilson Leitão (PSDB-MT), o parlamentar defendeu a abertura do diálogo para se chegar a um consenso sobre a ida dos ministros de Minas e Energia, Edison Lobão, e da Agricultura, Neri Geller, à Comissão.

“Estamos tratando aqui da relação entre a ‘Casa do Povo’ e o governo federal. Estamos falando da convocação de ministros de Estado. O esgarçamento dessa relação não faz bem nem à Casa do Povo nem ao governo”, afirmou, anunciando que o ministro Edison Lobão aceita ir à Câmara no próximo dia 13.

O deputado sergipano afirmou que o parlamentar do DEM não pode agir, dentro da Câmara, como se ainda estivesse vivendo nos tempos da ditadura. Isso porque o deputado Ronaldo Caiado afirmou que os ministros deveriam ser levados ao Congresso “debaixo de vara”.

“Vivemos numa democracia. Tem que ter respeito pelo Parlamento e pelo estado democrático de direito. O senhor, deputado Caiado, está acostumado com o tempo das baionetas, no qual rodava o País em cima de um cavalo com uma taca nas mãos, enquanto eu estava nas ruas, no movimento estudantil, lutando por mais direitos. Venha devagar. Aqui é a ‘Casa do Povo’, tem que respeitar a democracia”, disse.

“Já passou”

Em Plenário, o líder do PT na Câmara, deputado Vicentinho (PT-SP), também falou sobre a necessidade de diálogo apregoado pela presidenta Dilma Rousseff após as eleições. “Nós não podemos fazer a birra do pós-eleição. Já passou!”, disse à oposição.

O líder do PT destacou que a presidenta reeleita quer o diálogo. “Mesmo machucada, mesmo atacada, mesmo agredida na sua dignidade, ela falou que vai exercer o diálogo com este Parlamento, com a sociedade, em especial, com os trabalhadores, com os empresários, com os ruralistas, com os intelectuais, para que a gente possa construir este novo tempo, para que a gente possa continuar com as mudanças já iniciadas”, disse.

A deputada Maria do Rosário (PT-RS) também ocupou a tribuna para dizer que o que deve prevalecer neste momento é a unidade defendida pela presidenta Dilma. “Chamamos todos para ficarmos irmanados no espírito do pronunciamento que a presidenta Dilma Rousseff realizou no momento em que o Tribunal Superior Eleitoral declarou a sua vitória, um espírito de unidade, de diálogo pelo Brasil”, disse a parlamentar.

“Um princípio essencial deve orientar todos neste momento: o respeito à vontade popular, manifestada nas urnas. Isso representa trabalharmos todos e todas pelo Brasil, sem cedermos aos discursos que desvalorizam o processo eleitoral e os seus resultados. A vitória da presidenta Dilma Rousseff, mais uma vez, simboliza a força dos valores e do amor ao Brasil daqueles que enfrentaram ainda muito jovens o autoritarismo de Estado, constituído como ditadura nos anos que se seguiram a 1964”, ressaltou Maria do Rosário.

Sem divisões

Os deputados também rechaçaram a ideia de que o Brasil está “dividido”. Para o deputado Alessandro Molon (PT-RJ), a ideia de “País dividido” é equivocada. “É motivo de grande orgulho o fato de o Nordeste ter preferido amplamente aal V presidenta Dilma, mas ganhamos também no Sudeste, em estados muito importantes como Minas Gerais e Rio de Janeiro.”

A tese da divisão do país também é rebatida pelo deputado Afonso Florence (PT-BA). “A perplexidade de quem perdeu a eleição é compreensível. A tendência é que esse sentimento seja ‘decantado’ e isso faz parte da democracia. O que temos que fazer agora é aprender e continuar a perseverar na consolidação do nosso sistema democrático”, avaliou Florence.

Para o deputado Weliton Prado (PT-MG), o resultado da eleição representa a vitória da vontade do povo. “Não existe nada de país dividido, foi uma vitória da vontade popular, de continuidade das mudanças iniciadas com o ex-presidente Lula e que tem sequência com a presidenta Dilma. O governo trabalha para todos, para o país inteiro e eu tenho certeza que o segundo mandato da presidenta será muito melhor do que o primeiro.”

 

Portal Vermelho

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