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Abraço-Brasil: “Rádios Comunitárias são quem mais sofrem com a extinção do Ministério das Comunicações”

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O governo ilegítimo instalado no Brasil tem mostrado a cada dia sua indiferença pelo Estado Democrático de Direito. A extinção do Ministérios das Comunicações feita por Michel Temer é mais uma medida para interromper qualquer tipo de avanço que venha das minorias no setor. De acordo com o coordenador executivo da Abraço Brasil (Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária), Valdeci Borges, as rádios comunitárias são quem mais sofrem com a saída do MiniCom. Para ele, o governo provisório mostra que não tem nenhum compromisso com qualquer política que contribua para a democracia. “As rádios comunitárias por serem na sua essência, veículos públicos de comunicação, são e podem ser fator decisivo na democratização dos meios de comunicação; fator importante para a consolidação de uma sociedade plural”, afirma.

Para o militante, o MiniCom agora se transformou em um “puxadinho” de outro órgão, e que na verdade sua extinção serve essencialmente ao oligopólio da comunicação no país capitaneado pela Rede Globo, que aplaude as atitudes de Temer. Além das muitas as dificuldades enfrentadas pelas rádios comunitárias, as demandas do setor estão junto ao governo através do ministério, e isso afetará diretamente nas emissoras causando retrocessos danosos. “As RadCom são as mais prejudicadas, pois ficou claro que este governo provisório quer acabar com a ideia de comunicação pública, haja vista, sua intervenção na EBC. O que virá pela frente poderá ser ainda mais desastroso”, avalia Valdeci.

A Abraço-Brasil irá orientar às rádios comunitárias a denunciarem sempre o caráter autoritário, golpista, entreguista e sem compromisso com a população, visto as iniciativas tomadas até agora pelo desmonte das políticas públicas já consolidadas e o caráter deste governo, que umbilicalmente é ligado ao sistema financeiro. “A primeira atitude de uma Rádio Comunitária deve ser denunciar esta arbitrariedade nos microfones e estar presente nos movimentos e frentes em defesa da democratização da comunicação, que agora tem mais essa luta: trazer de volta o Ministério das Comunicações”, conclui Valdeci Borges.

Bruno Caetano

Agência Abraço