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Desemprego elevado: Taxa em 12,2% castiga trabalhador

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Por Railídia Carvalho

A redução do desemprego registrada de novembro de 2017 a janeiro deste ano é comemorada pelo governo e contestada pelo movimento sindical. “Não há o que se comemorar quando o desemprego diminui às custas do aumento da informalidade”, declarou o metalúrgico Marcelino da Rocha, presidente da Federação Interestadual dos Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil (Fitmetal).

De acordo com a pesquisa a taxa de desemprego ficou em 12,2% de novembro a janeiro deste ano. Houve um recuo em relação ao mesmo período do ano anterior, no entanto, especialistas do mercado previam que a taxa seria de 12%. Para 2018 o governo prevê queda no desemprego. “A expectativa é que o mercado formal melhore porque parte do que vai ser visto como formalidade são as formas precárias de ocupação como o trabalho intermitente, por exemplo”, alertou Clemente Ganz, diretor-técnico do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese).

Marcelino (foto) classificou o cenário atual como trágico: “O Brasil viveu uma situação nos períodos Lula e Dilma em que apenas 5% da população estava desempregada. No atual estágio pós-golpe são quase 13 milhões de desempregados, mais 26 milhões no mercado informal e numa situação ainda piorada em relação às relações de trabalho com renda menor e retirada de direitos com a reforma trabalhista em vigor. Então os dados além de não serem animadores são de perspectivas sombrias”, definiu o presidente da Fitmetal.

Na opinião de Clemente, o trabalhador brasileiro começa a experimentar, ainda que inconscientemente para a maioria, um período de profundas mudanças no mercado de trabalho. Para ele, o sindicato é um instrumento estratégico para enfrentar o cenário de ausências de perspectivas, tanto para quem está empregado quanto para aquele desempregado.

“Além de entender as mudanças no mercado de trabalho é papel do sindicato intensificar as práticas de defesa dos direitos dos trabalhadores e repensar a forma de organização sindical, por exemplo, para além do mercado de trabalho. Com as novas formas de contratação, o trabalhador terá uma rotina que não inclui um local de trabalho fixo, por exemplo”, lembrou Clemente.

O movimento sindical resiste a uma ofensiva do capital que se concretizou com a reforma trabalhista que, entre outras questões, atacou a fonte de sobrevivência das entidades, que é a contribuição sindical.

“O processo de precarização das relações de trabalho veio acompanhado de um ataque violento às organizações sindicais. O objetivo é eliminar a sustentação financeira das entidades sindicais colocando as categorias à mercê do patrão. A curto e médio prazo o nosso trabalho na base aponta também para as próximas eleições massificando diante do trabalhador a necessidade de elegermos um projeto político que tenha responsabilidade com o desenvolvimento através da valorização do trabalho”, defendeu Marcelino.

Do Portal Vermelho

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