Por Walter Sorrentino*
Com tal mimetismo, a indicação causa apreensão na tradição da diplomacia brasileira de ser uma política de Estado de longo prazo e ameaça romper com a tradição da política externa brasileira de equilíbrio e mediação em fóruns multilaterais.
Ernesto Araújo à frente do Itamaraty sinaliza interesses ideológicos facciosos do novo governo e a volta ao alinhamento automático com os EUA, que resulta no retorno a uma inserção subordinada do país na ordem mundial. Expõe a falácia de campanha de que Bolsonaro iria “libertar as relações exteriores brasileiras da visão ideológica”. Muito ao contrário.
A chancelaria brasileira ameaça ser feita prisioneira de uma visão extremista. A indicação dá sequência a medidas já proclamadas pelo presidente eleito ou por sua equipe, como a transferência da Embaixada brasileira em Israel para Jerusalém, levar à ruptura com o programa Mais Médicos que abre um vácuo no atendimento à saúde em milhares de municípios brasileiros, uma política não afirmativa nas relações com a China e o Mercosul.
O Brasil precisa de uma política externa baseada nos interesses nacionais estratégicos, à altura de suas dimensões no panorama internacional e saber utilizar para isso as margens de manobras que se constituem no âmbito do multilateralismo na ordem internacional. Com a indicação do chanceler, esses interesses restarão comprometidos e resultam em mais uma frente de lutas decisiva dos brasileiros em defesa da Nação.
*Walter Sorrentino é vice-presidente e Secretário Nacional de Política e Relações Internacionais do PCdoB.
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