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Evento sobre saúde mental no MP-GO aborda riscos de retrocesso em normativas referente ao tema

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O Seminário Saúde Mental na Contemporaneidade, promovido pelo Conselho Regional de Psicologia, Intercambiantes-GO e Coletivo Liberdade, com apoio do Centro de Apoio Operacional (CAO) da Saúde do MP-GO, trouxe para discussão, no período vespertino, o tema “Saúde Mental e os Retrocessos nas Políticas Públicas”. Confira detalhes sobre a abertura e palestras iniciais do evento, ocorridas pela manhã, no Saiba Mais.

Em sua fala, a psicóloga Isabel Fernandes de Oliveira, doutora em Psicologia Clínica e professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, apresentou uma análise geral da macroestrutura social, baseada no capitalismo vigente, a qual reflete a tomada de decisões das políticas de saúde mental.

Conforme detalhou, é preciso entender como a sociedade se organiza para compreender o funcionamento do atual sistema de saúde mental, fruto de um contexto de diversos fatos históricos. Assim, ela defende que há uma relação direta entre a conjuntura política e econômica e os retrocessos no campo da saúde mental. Baseadas em uma lógica capitalista, medidas nessa área injetam recursos na economia e não na garantia de direitos.

Em seguida, o psicólogo Mayk Diego Gomes da Glória Machado, membro do Intercambiantes, falou sobre a Nota Técnica nº 11/2019, da Coordenação-Geral de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas, do Ministério da Saúde, a qual, segundo ponderou, apresenta retrocesso em alguns aspectos da rede de atenção psicossocial. “Quem tem a competência e autoridade para definir a condução do tratamento é o profissional que acompanha o paciente. É fundamental que isso seja resguardado, inclusive com a possibilidade de utilização da estratégia de redução de danos”, afirmou.

Atuante na rede pública de saúde, ele convidou os profissionais que atuam diretamente no atendimento e também em cargos de gestão, para uma autoreflexão quanto a atitudes que combatam velhas práticas. “Precisamos estar alertas para a nossa atuação, pois, infelizmente, ainda hoje existem Centros de Atenção Psicossocial (Caps) que funcionam em uma lógica manicomial. Entretanto, nós temos corresponsabilidade neste processo”.

Ao final das exposições, a psicóloga da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, Carolina Bogado Manhães e a enfermeira Nathalia dos Santos Silva, professora da Universidade Federal de Goiás, instigaram o público a participar do debate levantando algumas questões sobre o tema.

Por MP-GO

Blog do Mamede

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