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DENÚNCIA DO MPGO CONTRA INTEGRANTES DE TORCIDA ORGANIZADA POR TRÊS TENTATIVAS DE HOMICÍDIOS E OUTROS CRIMES É ACEITA PELA JUSTIÇA E ACUSADOS TÊM PRISÃO PREVENTIVA DECRETADA

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DENÚNCIA DO MPGO CONTRA INTEGRANTES DE TORCIDA ORGANIZADA POR TRÊS TENTATIVAS DE HOMICÍDIOS E OUTROS CRIMES É ACEITA PELA JUSTIÇA E ACUSADOS TÊM PRISÃO PREVENTIVA DECRETADA

Ônibus ficou danificado após o ataque

Denúncia oferecida pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), por meio do Grupo de Atuação Especial em Grandes Eventos de Futebol (GFUT), contra seis integrantes da torcida organizada Força Jovem foi recebida pela 3ª Vara dos Crimes Dolosos contra a Vida. Pedro Henrique Rodrigues Belém, Hiago Bastos Moreira, Rianis Leonam Ferreira Gonçalves, Bittencourt José Gomes dos Santos, Felipe Rocha de Oliveira e Nickson Franklin Calixto de Araújo são acusados pela prática de três tentativas de homicídio, associação criminosa, dano qualificado e corrupção de menores. A decisão decretou, ainda, a prisão preventiva de todos eles para garantia da ordem pública.

 

Os crimes ocorreram no início deste ano contra torcedores de time adversário

De acordo com a denúncia, os crimes ocorreram no dia 1° de fevereiro deste ano, por volta de 22h30, após a partida entre os times Vila Nova Futebol Clube e Grêmio Anápolis. Os denunciados, juntamente com um adolescente e outros indivíduos não identificados, tentaram matar, no Setor Buena Vista, em Goiânia, Jonas Santos de Araújo, Breno Gabryell da Costa Silva e Rodrigo Neres de Lima, pelo fato de as vítimas torcerem para o Vila Nova (motivo fútil). Mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas, eles cercarem um ônibus do transporte coletivo no qual elas eram transportadas, praticando assim, por três vezes, o crime de tentativa de homicídio duplamente qualificado – em razão do motivo fútil e utilizando recurso que dificultou a defesa das vítimas.

Os seis denunciados também responderão pelo crime de associação criminosa, uma vez que, de forma consciente e voluntária, cientes da ilicitude e reprovabilidades de suas condutas, associaram-se, para o fim específico de cometer crimes de homicídio, dano qualificado e corrupção de menores.

Em relação ao dano qualificado, este se deu quando os acusados deterioraram o ônibus em que as vítimas eram transportadas, conforme sustentado pelos promotores de Justiça que integram o GFUT. Na ocasião, eles estavam fortemente armados com pedras, paus, bombas e várias armas de fogo, começaram a depredar o veículo, danificando seus vidros e amedrontando todos os passageiros. Em seguida, entraram no ônibus e começaram a atirar, jogar bombas, agredir, bater, dar pauladas nas cabeças e em órgãos vitais dos passageiros, assumindo risco de matá-los, bem como danificar e deteriorar o interior do veículo, aponta a denúncia.

Desta forma, a vítima Jonas Santos de Araújo foi atingida por um disparo de arma de fogo na cabeça; Rodrigo Neres de Lima foi atingido com chutes, pauladas por todo seu corpo, caindo desmaiado e só não morreu porque nenhum golpe atingiu um órgão vital de forma contundente. Já Breno Gabryell da Costa Silva foi cercado e só não foi atingido pelos tiros, golpes e não morreu porque conseguiu correr e se esconder.

Por fim, os promotores sustentam que os réus corromperam e facilitaram a corrupção de menor de 18 anos, com ele praticando diversas infrações penais, dentre elas as descritas na denúncia.

O MP, pede a condenação dos denunciados e, considerando a natureza dos crimes, pede a fixação de valor mínimo para reparação dos danos causados pelas infrações contra as vítimas no valor de R$ 30 mil para cada uma, a ser suportada de forma solidária pelos acusados. 

(Texto: Cristiani Honório / Assessoria de Comunicação Social do MPGO – Fotos: GFUT e banco de imagem)

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