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Reduzir tarifa e tempo de espera incentivaria uso de transporte público, aponta estudo da CNI

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Reduzir tarifa e tempo de espera incentivaria uso de transporte público, aponta estudo da CNI

Pesquisa mostra que 45% dos moradores das grandes cidades do país consideram o transporte público ruim ou péssimo; com 75%, carro é o meio de transporte mais utilizado diariamente

Wilfredor/Wikimedia Commons

Beatrice MesianoBrenda Silvada CNN

Pesquisa sobre mobilidade urbana da Conferência Nacional da Indústria (CNI) divulgada nesta quinta-feira (10) revela que os brasileiros não usuários de transporte público passariam a usar os coletivos caso algumas melhorias fossem feitas.

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O estudo mostra que, quando questionados sobre os principais pontos para que passassem a utilizar esse transporte, os entrevistados apontaram a redução de preço da tarifa (25%) e a diminuição do tempo de espera (24%) como os estímulos primordiais para começarem a usar essas locomoções.

Entre as medidas citadas para melhorar a adesão ao transporte público nas grandes cidades também estão o aumento da segurança (20%), a maior disponibilidade de linhas e percursos (18%), a ampliação do conforto interno (14%), a melhoria da qualidade dos veículos (13%) e a maior brevidade dentro do transporte público (13%).

O estudo, conduzido pelo Instituto Pesquisa de Reputação e Imagem (IPRI), apontou ainda que 45% dos moradores dos grandes centros urbanos consideram o transporte público ruim ou péssimo e que apenas 4% afirmam que este seja ótimo.

O levantamento evidencia também a insatisfação da população em relação à atuação do poder público local no planejamento da mobilidade urbana a longo prazo, a qual é considerada pouco ou nada avançada por 57% dos entrevistados.

Outros 24% responderam que essa atuação é mais ou menos avançada; e apenas 16% julgam que seja avançada ou muito avançada.

Além disso, a pesquisa perguntou à população das cidades com mais de 250 mil habitantes com qual frequência se utiliza cada meio de transporte. Levando em consideração o uso diário ou de quase todos os dias, o carro é o meio mais utilizado, com 75%. Logo em seguida vêm moto (60%) e bicicleta (54%).

O ônibus é o meio de transporte coletivo mais frequentemente utilizado, com 50% das pessoas fazendo uso diário ou em quase todos os dias.  Na sequência vêm a carona e o trem, com 37%; os fretados, com 30%; as vans, com 29%; os carros por aplicativos e o metrô, com 28%; o táxi, com 25%; e o barco, com 3%.

Apesar de estar entre os quatro meios de locomoção menos utilizados, os carros de aplicativo são o transporte urbano mais bem avaliado do país, mesmo tendo chegado ao Brasil há menos de 10 anos.

Segunda a pesquisa, 64% dos usuários consideram esses serviços bons ou ótimos. O segundo serviço mais bem avaliado é o metrô, com 58% de ótimo ou bom. Entre usuários do metrô a percepção é de que esse é um transporte melhor que o ônibus.

Apesar de ser o transporte público mais utilizado diariamente pela população dos grandes centros urbanos, apenas 24% dos entrevistados consideram o ônibus um meio de transporte bom ou ótimo.

Investimento em Mobilidade Urbana no Brasil

Outro estudo da CNI, divulgado em maio deste ano, revelou que o Brasil precisa investir R$ 295 bilhões até 2042 em infraestruturas de mobilidade urbana nas 15 principais regiões metropolitanas do país.

Esse investimento seria para equiparar a infraestrutura de transportes desses municípios ao padrão de cidades-referência em deslocamentos urbanos na América Latina, como Cidade do México e Santiago.

Do total, R$ 271 bilhões precisariam ser destinados para expansão de linhas de metrô, montante que serviria para mais do que dobrar a extensão da malha vigente. 90% dos brasileiros concordam que mais investimentos na malha de transporte tornaria o deslocamento nas cidades mais ágil, como mostra a pesquisa divulgada nesta quinta.

“É imprescindível que o poder público priorize a atualização da Política Nacional de Mobilidade Urbana para que as cidades tenham condições de elaborar bons projetos e acessar recursos para melhorar o transporte público e reduzir os gargalos do trânsito, que tanto têm impactado na qualidade de vida do brasileiro”, afirma o gerente-executivo de Infraestrutura da CNI, Wagner Cardoso.

Veja também: Número de voos cresceu 40% em 2022, segundo Anac

 

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