O Concurso Nacional Unificado, chamado de “Enem dos Concursos”, está oficialmente adiado em todo Brasil. Nesta sexta-feira (3), a ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, confirmou o adiamento em decorrência das fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul.

O desastre que acomete o estado prejudicaria a aplicação das provas. Nesse sentido, o governo federal optou por adiar o certame que estava marcado para o próximo domingo (5). Ainda não há data prevista para que a prova ocorra.

Até o início da tarde de sexta foram contabilizadas 37 mortes e 74 desaparecidos por conta da tragédia climática, de acordo com a Defesa Civil do estado.

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A decisão visou atender a isonomia do processo de aplicação de provas, uma vez que manter o concurso prejudicaria os candidatos do estado.

“O agravamento da situação inviabilizou completamente [a realização da prova]. A gente construiu um acordo justamente para preservar a integridade do concurso. Foi um trabalho coletivo e chegamos à conclusão que esta é a solução mais segura para todos os candidatos do Brasil inteiro. Vamos assinar um acordo que garante aos mais de dois milhões inscritos no concurso que todo mundo vai realizar a prova nas mesmas condições e vamos ter um concurso com o resultado jurídico, nesse acordo assinado aqui pela Procuradoria Geral, pela Defensoria Pública da União e pela Advocacia Geral da União”, disse Dweck, ao explicar os motivos do adiamento depois de se solidarizar com os afetados pelas chuvas no Rio Grande do Sul.

A ministra ainda explicou que a situação das cheias se agravou de quinta (2) para sexta (3) e avançou para cidades de Santa Catarina, o que foi definitivo para a decisão.

“Estamos numa situação de agravamento sem precedentes só na região Sul. Teríamos 100 mil pessoas envolvidas no Rio Grande do Sul, entre 80 mil candidatos e 20 mil pessoas em toda a logística no estado”, explicou.

Na quinta-feira (2), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e uma comitiva de ministros estiveram em Santa Maria (RS), reunidos com o governador Eduardo Leite e autoridades locais, para planejar novas medidas de enfrentamento ao que já é considerado o maior desastre natural da história do estado.

Participaram da coletiva, o ministro da Secretaria de Comunicação Socila (Secom), Paulo Pimenta, o defensor público federal Leonardo Magalhães, da Procuradoria Geral da União, Marcelo Eugênio Almeida, e o representante da Fundação Cesgranrio, Gabriel Lima. Ao final foi assinado o acordo pelo adiamento.

Veja como foi a coletiva: