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Augusto

Mamede, há várias propostas sobre a carreira nacional de médicos tramitando, ele não precisa criar nenhuma, só desobstruir uma delas para discussão e terá cumprido a promessa de campanha.

Sobre o prazo de validade, ele está certo, o diagnóstico de várias instituições que avaliam a questão há muito tempo, indicam que o problema da saúde (como de toda administração pública) do Brasil é de gestão e de corrupção: sem ações efetivas para reduzir estes 2, impossível garantir saúde para o povo, e nem falo de médicos, falo de medicamento, cirurgias, vacinas e tantas outras coisas mais que ficaria cansativo enunciar aqui.

Sobre o aumento de vagas de medicina e residência médica, todo mundo que entende de educação em saúde sabe que é conversa fiada: as mudanças feitas por este governo são inóquas: são 6 anos para formar um médico e no mínimo 3 para ele se qualificar em residência médica. Não teremos resultados práticos desta medida antes de 6 anos, por baixo. Nem vou comentar a falta de estrutura (hospitais universitários) para garantir a qualidade do médico formado nestes cursos de medicina que estão sendo abertos: um estudo atual aponta que este é o maior problema: hospital de ensino é caro e ninguém quer pagar a conta.

 

Augusto

Mamede, este texto é bem tendencioso e equivocado. O Mais médicos é uma fraude a principiar pelo nome: médico é um termo que designa um profissional com registro no CRM, e eles não o possuem: são, pela designação da lei que o criou, “intercambistas” que fariam parte de um programa de qualificação profissional, que todos sabemos também ser uma fraude: o que eles fazem é trabalho pesado mesmo em condições tão precárias que muitos deles denunciam como os médicos brasileiros já o fizeram e foram ignorados.

Acompanho a evolução do programa e, números mentirosos á parte (nenhuma conta bate com os números de atendimentos que o governo atribui a eles, francamente mentirosos) eles atendem sim, com muitas limitações (parte por falta de infra estrutura e parte por deficiência de formação mesmo) muita gente e o impacto da sua presença ainda precisa ser documentado de modo acadêmico, sem colorido ideológico, mas não é, de modo algum do tamanho que o governo alardeia.

Qualquer gestor precisa pensar os programas, primeiro, no aspecto custo benefício (e este é caríssimo e significa clara evasão de divisas em direção à ilha de Cuba, algo que o direito do trabalho vem entendendo que não é legítimo) e, segundo, no aspecto sustentabilidade: e este programa, já nasceu com os dias contados pelo decreto que o criou.

Sobre o escandalizar-se com o fato dele buscar uma medicina de ponta, não me consta que nem ela nem o Lula tenham ido a Coba para tratar-se dos problemas de saúde graves que os acometeram: ambos foram para hospitais caros e muito bem equipados e não acho que deviam ter ido a outro lugar. Infelizmente, quando falaram em garantir saúde para a população pobre, compraram uma medicina bem diferente embora tão cara quanto.

Como opinião, cada um tem a sua, ficam os argumentos que me fazem discordar, respeitando o direito de qualquer um pensar diferente.