Catalão: cidade rica, mas com vários problemas

Blog do Mamede 27 de abril de 201528 de abril de 2015

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O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de Catalão, medido pelo último Censo (2010), constatou que o município tem a terceira melhor média de Goiás ( 0,766), dentro de uma escala considerada elevada que vai de 0,700 a 0,799. Entre 2000 e 2010, a dimensão que mais cresceu em termos absolutos foi a Educação (com crescimento de 0,196). Sua população naquele período chegou a 86.597.

Reforçando essa expressividade, o Índice de Gini, que mede a concentração de renda que vai de 0 (distribuição mais perfeita) a 1 (distribuição mais desigual), considerou que município é de 0,59, ou seja, torna o menos desigual entre todos os municípios goianos com mais de 30 mil habitantes, com reflexos significativos no padrão de vida de sua população em geral.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), que é quem realiza o Censo, apontou há cinco anos que Catalão tem o quinto maior PIB (Produto Interno Bruto) de Goiás, alcançando R$ 3,6 bilhões por ano. Sua renda per capita – que é a soma dos salários de toda a população dividido pelo número de habitantes – também é expressiva, chegando a R$ 54.000.

Catalão ainda se figura em outros setores da economia como um dos mais importantes do estado e, mesmo assim, vem sofrendo como os municípios com grande dificuldade financeira. Com frequência os vereadores de oposição questionam para onde está indo tanto dinheiro, sendo que o município é também um dos mais ricos do Centro-Oeste brasileiro.

Em recentes entrevistas para a imprensa local o prefeito municipal, Jardel Sebba PSDB), vem culpando a crise brasileira como o motivador da dificuldade administrativa da cidade. Já a oposição se coloca a não concordar com essa justificativa, com a alegação de que o município, nos 12 anos antes da atual gestão, cresceu consideravelmente e sem muito contar com os governos estadual e federal. O opositores ainda são categóricos em apontar Sebba como o único culpado pela situação econômica e financeira de Catalão que, reforçam eles, não vai nada bem.

Para o prefeito, os problemas foram pontuais e a partir de agora muita coisa será feita, aliás já está sendo, como operação tapa buracos, recapeamento de ruas, asfalto chegando em alguns bairros e com a inauguração em breve de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e outras obras, a situação, segundo ele, está longe daquilo que a oposição denuncia, oposição essa diariamente chamada por ele de “viúvas do PMDB”, Jardel Sebba sempre se defende lembrando da operação “Ouro Negro” levada a frente pelo Ministério Público e Polícia Federal, no ano de 2008, onde alguns secretários municipais acabaram presos por alguns dias e fora afirmado que 10 milhões de reais foram desviados dos cofres públicos.

Hoje, 07 anos após a operação, o processo judicial foi arquivado e não se sabe se tudo não passou de uma operação cimematografica, como afirma o deputado estadual Adib Elias (PMDB), prefeito na época, ou o dinheiro foi mesmo desviado dos cofres públicos.

Comparando Catalão com outras cidades da região, Goiandira vem em terceiro no ranking estadual com 0,760 no IDHM, Ouvidor em oitavo com 0,747, seguido por Nova Aurora com 0,747 e Três Ranchos com 0,745 no 12º lugar.

De acordo com o site não governamental deepAsk.com, que compara o IDH de munícipios considerando indicadores de longevidade (saúde), renda e educação, a cidade de Catalão, com base nos levantamentos de 2010, tem os menores apontamentos na distribuição de renda e na educação, mas os números ainda são considerados altos. A mesma qualificação foi dada para Goiandira.

Já a administração pública de Ouvidor, ainda segundo deepAsk.com, falha na educação que foi avaliada como regular. Nova Aurora e Três Ranchos tiveram a mesma classificação.

Voltando a observar o maior polo econômico do Sudeste goiano, o jornalismo do Blog levantou com base em recentes reportagens algumas situações que mostram a diferença entre a Catalão pujante e rica nos dados do IBGE, e o seu outro lado com poucos cuidados por parte do governo local.

Essa discrepância pode ser vista por meio de fotos de arquivo e da internet.