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Jardel, César e Silvano falam sobre o caso dos fantasmas da Alego

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No fim do mês anterior o Ministério Público de Goiás, através da promotora de Justiça Villis Marra, propôs ação de improbidade administrativa contra o Jardel Sebba por manter ao menos 32 funcionários fantasmas em seu gabinete na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), entre janeiro de 2012 e janeiro de 2013. Ana Abigail Sebba, esposa de Jardel, também foi apontada pelo MP.

Conforme sustentado na ação, Jardel utilizou indevidamente dos cargos de deputado estadual e de presidente da Alego para obter vantagem indevida, contratando para cargos comissionados parentes, empresários da cidade de Catalão, políticos daquele município e cidades circunvizinhas e também cabos eleitorais, causando o enriquecimento ilícito de terceiros, provocando grave dano ao erário e violando os princípios da administração pública. Já Ana Abigail Sebba, segundo apurado pelo MP, valia-se do cargo ocupado por seu marido para prometer a eleitores cargos públicos na Assembleia, mesmo sabendo que os contratados não iriam desempenhar nenhuma de suas funções, mas se dedicariam a atividades políticas privadas de seu marido (Trecho do MP).

Em entrevista ao Blog Jardel negou que houve alguma irregularidade na contratação de cada um dos nomes citados na ação do MP, e que está munido de provas para atestar sua inocência. “Posso provar tudo e todos os cargos eram de direito da Assembleia, do cargo de presidente, por tanto, todos exerceriam suas funções e recebiam por isso. É fácil que o MP busque o que quer saber, é só quebrar o sigilo fiscal e telefônico e tudo será resolvido. Eu tenho certeza que não há nada de errado nisso e esse caso é matéria requentada, tirada da gaveta perto das eleições”, afirma.

A reportagem também ouviu César José Ferreira, ex-secretário de Infraestrutura e ex-superintendente da SAE, também citado nas investigações. César contou que o que foi praticado por Jardel enquanto presidente da Alego é feito ainda hoje. “Fui funcionário da Alego por um curto período de tempo e sempre trabalhei para receber. Se algo aconteceu de errado, vamos pagar e estamos à disposição da Justiça para resolver o que for preciso.”

Dentre os investigados pelo MP estão nomes de empresários, amigos pessoais de Jardel, políticos e ex-políticos e de pessoas ligadas a eles. Exemplo do vereador Silvano Batista da Silva, ou Silvano Mecânico (PR), vice-presidente da Câmara Municipal de Catalão, e de seu filho, Silvano Bastita Filho. O vereador também foi ouvido pela reportagem. “Eu nunca fui funcionário da Alego e sempre atuei no Distrito Industrial de Catalão e como vereador. Meu filho já trabalhou na Alego e não houve nenhuma irregularidade nisso, agora se ele tiver que pagar algo assim vai ser sem nenhum problema”, explicou.

Mesmo diante das negativas, o MP se posiciona como certo de que Jardel mantinha 32 fantasmas enquanto presidente da Alego e requereu o bloqueio de seus bens no valor de R$ 3.738.767,19. A Justiça segue apurando outras denúncias.

Por: Gustavo Vieira