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Fora Temer, Renan e a quadrilha palaciana

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art aldo santos

O golpe foi sacramentado com uma margem de expectativa, uma vez que a diferença para a consumação do julgamento final, foi de apenas dois votos dos senadores. Por 55 votos pela admissibilidade, 22 contra e a não votação de Renan no exercício da presidência, o desdobro da materialidade desse processo coordenado pelo presidente do STF, poderá ter uma margem pequena de expectativa de reversão desta votação no senado. Porém, politicamente, o serviço sujo foi feito como de certa forma já era esperado.

Longe de representar uma saída efetiva para a crise econômica em curso, entendemos que vai aprofundar a crise política, pois com o assalto ao poder por um vice – presidente que igualmente fez pedaladas, e, com uma série de acusações e falta de legitimidade, ainda vai carregar a marca de conspirador e golpista em consonância com as golpistas instituições, contando também com a benção da mídia golpista a serviço do fascismo e do capital.

As mais variadas proposituras em torno desta temática, como eleições gerais, fora todos, nova constituinte e até greve geral, de certa forma contribuíram para este desfecho final. Sem nenhuma pretensão de isentar o PT dos seus erros e traições a nossa classe, seguramente a troca de Dilma por Temer não representa nada de novo no cenário político, uma vez que, mesmo sem muitas saídas institucionais, Dilma pagou o preço de sua opção de classe com os poderosos, concomitantemente, enfrentou com os dois partidos mais fisiológicos da história brasileira, que são, PMDB e PSDB e os demais que gravitam no entornodestes.

Entendo que não devemos recuar diante de uma agressão política como essa, devemos sim, continuar denunciado e combatendo esse golpe institucional, fortalecer a luta pelo fora Temer, Renan e toda quadrilha palaciana.

Se na Câmara federal o discurso de Bolsonaro representou a materialidade da condenação de Dilma, no senado, o discurso de Magno Malta também expressou a materialidade política dessa condenação em curso.

A composição do Ministério de Temer representa o perfil do que querem, do que representam e do que condenam.

O eixo de nossa intervenção deve ser materializada nas ruas, nas lutas e instituições politicas, otimizando nossas campanhasno plano municipal com um programa de combate ao capitalismo, numa luta sem trégua pela construção de uma sociedade socialista com liberdade.

Devemos continuar combatendo todas as formas de golpes e tudo que afronte a soberania e a democracia popular de nossa classe.

Fora Temer, Renan e a quadrilha palaciana.

Aldo Santos – Ex-vereador, Presidente da APROFFIB, vice-presidente da APROFFESP, membro da Executiva Estadual e coordenador da comissão de direitos Humanos do PSOL-SP.

Publicado originalmente no site Adital Notícias.