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Frente contra o golpe será decisiva na mobilização para julgamento

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dilma

Nesta quarta-feira (24), Dilma estará presente em um novo ato contra o golpe organizado pela Frente Brasil Popular, desta vez em Brasília. A frente também coordena o acampamento da resistência na capital federal, que no dia 29 de agosto receberá um grande ato em apoio a Dilma.
Edson França, presidente da União de Negros pela Igualdade (Unegro), afirmou que o movimento social tem feito um bom trabalho de denúncia, que deu visibilidade ao golpe diante da opinião pública nacional e internacional. Para ele, a visibilidade é fundamental para fortalecer a mobilização.
“Há uma resistência generalizada ao golpe nos shows, Olimpiadas, vai aparecer na Paralimpíada, tem aparecido em manifestações de intelectuais, juristas e juventude. E aparece também na opinião pública dos brasileiros que vêem em Temer um mal para o Brasil”, observou Edson.

Ameaça às políticas de moradia


Para a presidenta da Confederação Nacional das Associações de Moradores (Conam), Bartíria Costa, as ações do movimento social atingiram um bom numero de pessoas. Ainda assim ela admite que os resultados não chegam instantaneamente.
“Não é uma coisa muito fácil o esclarecimento, estamos fazendo o possível para mostrar que o que está em jogo é a democracia, que é tão jovem e cara para todos. Mas nós sabemos a dificuldade que as pessoas encontram em reconhecerem que isso significa retrocesso”, analisou.
Bartíria informou que o movimento comunitário está mobilizado para estar em Brasília no dia 29 para o principal ato. Ela declarou que as políticas de moradias populares tem sido as mais afetadas pelas medidas de Temer.
“As obras que nós já tinhamos sob execução estão funcionando mas aquelas que estavam só no projeto estão paradas. Poderiam estar em fase de execução ou contratação mas nada acontece”, denunciou.

Questão de sobrevivência


Adilson Araújo, presidente da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) atribui a quebra do estado democrático de direito à obsessão e ao rancor daqueles que foram quatro vezes derrotas nas urnas.
“Para isso criminalizaram a política, tentam massacrar o campo democrático popular e quebrar a espinha dorsal da esquerda brasileira. Apesar disso toda vez que se faz uma pesquisa aparece em primeiro lugar Lula presidente”, discursou Adilson no ato em apoio a Dilma na terça.
O dirigente reforçou que por trás do golpe existe a intenção de entregar o patrimônio brasileiro, como o Pré-sal, e realizar uma política atrelada aos interesses do mercado.
“Circulam os rumores de que o mercado está pressionando para que o governo aumente a taxa de juros. A resistência cabe a nós do movimento sindical e social que temos que ter a convicção e a capacidade de alterar o curso das coisas que estão postas”, defendeu Adilson.
Na opinião dele, “é dever moral de cada um de nós enxergar que esta luta se tornou questão de sobrevivência”.
Julgamento da história

Coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, também participou do ato em apoio a Dilma. Ele confirmou presença no dia 29 de agosto em Brasília.

O militante do MTST completou ainda que serão realizados protestos em todo o Brasil no momento em que a presidenta for se pronunciar no Senado, chamado por ele de “covil”.
“O povo não demorará a perceber o ataque brutal e quem já percebeu não vai deixar passar goela abaixo”, assegurou.
Ele fez críticas fortes aos senadores Renan Calheiros (PMDB-PE), Aécio Neves (PSDB_MG), Antonio Anastasia (PSDB_MG) e Ronaldo Caiado (DEM-GO) e afirmou que o julgamento da história não poupará aqueles que votarem a favor do golpe.
“Esses senadores vão ser tratados como merecerem e como são: golpistas, lesa-pátria e traidores do povo brasileiro. Esse golpe é contra a democracia e para liquidar os direitos sociais”, definiu Boulos.
Portal Vermelho