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Bohn Gass: A imoralidade que faz Temer derreter

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Escândalo Hoje

 

É tudo muito lógico: o primeiro a cair foi o ministro da… Transparência, que caiu por que foi flagrado atuando justamente contra a transparência. Logo depois, caiu o ministro do Planejamento. Caiu por ​ ​quê? Por que foi flagrado planejando. Não o país, mas o golpe. Aí, caiu o ministro do Turismo. Por quê? Por que havia tantas denúncias que sua permanência tornou-se insustentável. Em seguida, caiu o Advogado-Geral da União. Por quê? Ora, porque queria ampliar a transparência.

O próximo derrubado foi o Ministro da Cultura. Mas sua queda levou à outra, a do ministro da Secretaria Geral. Por quê? Porque um tentava cumprir a lei e o outro queria burlá-la em benefício próprio.

Mas sejamos justos: há grupos distintos entre os ministros demitidos. Fabiano Silveira, Henrique Eduardo Alves e Romero Jucá caíram por que tramavam contra as investigações da Lava Jato, ou por que já haviam sido pegos por ela. Calero e Medina, mais do que caírem dos ministérios, caíram foi na realidade quando bateram de frente com a imoralidade da cúpula palaciana. Por fim, Geddel… E esta queda é a que com maior nitidez espelha a verdadeira face imoral desse governo: o interesse pessoal/privado acima do público.

Quem dá sustentação a tudo isso são os demotucanos, que ainda não caíram; não por que tenham mais escrúpulos, mas porque, sabendo com quem lidavam, combinaram com seus amigos da grande mídia nativa uma blindagem prévia.

Então, não surpreende que o governo Temer esteja derretendo e que, em seis meses, seis ministros tenham caído ou sido derrubados. É assim mesmo que acontece com as quadrilhas. Invariavelmente, os que as derruba é a sua própria imoralidade.

​*É deputado federal pelo ​PT do Rio Grande do Sul e Secretário Nacional Agrário do PT

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