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Bolsonaro diz que esquema de propagar mentiras no Whatsapp é ‘apoio voluntário’

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Em resposta ao jornal Folha de S. Paulo, Jair Bolsonaro (PSL) tentou afastar a sua campanha do esquema de compra de pacotes de disparos em massa de mensagens mentirosas contra a campanha de Fernando Haddad, candidato da coligação PT-PCdoB-Pros, no WhatsApp por empresas em contratos que chagam a R$ 12 milhões.

Reprodução

 

“Eu não tenho controle se tem empresário simpático a mim fazendo isso. Eu sei que fere a legislação. Mas eu não tenho controle, não tenho como saber e tomar providência”, afirmou ele.

Mas pelo Twitter, Bolsonaro não condenou o “apoio” que viola a lei eleitoral. Pelo contrário, até elogia: “Apoio voluntário é algo que o PT desconhece e não aceita”, escreveu. Ele ainda fez ilações contra a esquerda, que ele acusa ser responsável pelo ataque que sofreu. “Sempre fizeram política comprando consciências. Um dos ex-filiados de seu partido de apoio, o Psol, tentou nos assassinar”, disse.

Sem condenar a disseminação de mentiras na redes sociais, Bolsonaro age como se nada tivesse a ver com a história e disse que ele representa a ameaça “aos maiores corruptos da história do Brasil”. “Juntos resgataremos nosso país!”, disse ele, desviando-se do fato.

No entanto, uma dos empresários apontados pela reportagem da Folha a contratar os serviços para disseminar mentiras foi Luciano Hang, dona da Havan e muito amigo de Bolsonaro, chegando a visitá-lo no hospital durante a recuperação do ataque que sofreu em Juiz de Fora.

Insistindo na estratégia fake news, Bolsonaro tentou acusar os adversários pelas ações criminosos de seus amigos. “Pode ser gente até ligada à esquerda que diz que está comigo para tentar complicar a minha vida me denunciando por abuso de poder econômico”, afirmou o candidato ao site “O Antagonista”.

O filhote de Bolsonaro, Carlos Bolsonaro, vereador no Rio, seguiu a mesma estratégia e acusou a Folha e o PT de “contar meias verdades ou mentiras descontextualizadas”.

Em nota, o PT informou que vai acionar a Justiça Eleitoral e afirmou que há “uma ação coordenada para influenciar o processo eleitoral, que não pode ser ignorada” e que está tomando todas as medidas judiciais para que Bolsonaro “responda por seus crimes”.

“Os métodos criminosos do deputado Jair Bolsonaro são intoleráveis na democracia. As instituições brasileiras têm a obrigação de agir em defesa da lisura do processo eleitoral”, afirmou a direção do PT em nota à imprensa.

Brasil 247