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Jandira Feghali: Ministro de Bolsonaro expõe outra vez laranjal podre

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Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo desta quinta (7), a ex-candidata a deputada estadual pelo PSL de Minas Gerais Zuleide Oliveira diz que o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, a chamou pessoalmente para ser uma candidata laranja na eleição passada. O compromisso firmado entre os dois era que ela devolvesse ao partido parte do dinheiro público do fundo eleitoral.

Reprodução da InternetZuleide Oliveira na companhia do então candidato Marcelo Álvaro Antônio

Para a líder da Minoria na Câmara dos Deputado, Jandira Feghali (PCdoB-RJ), a denúncia “expõe mais uma vez o laranjal podre do Governo, usando mulheres para desviar recursos nas eleições”.

“Depois de brilhar no Carnaval, laranjal do PSL volta ao trabalho com a corda toda”, ironizou o líder do PCdoB naquela Casa, Orlando Silva (SP).

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), diz que o laranjal sujo do PSL de Bolsonaro segue firme e forte. “Pelo jeito, a ressaca do partido será muito mais longa do que se esperava – e haja Engov para superar essa dor de cabeça”, ironizou também nas suas redes sociais.

Entenda o caso

Segundo a reportagem, a candidata é a primeira a implicar diretamente o hoje ministro do Turismo no esquema de desvio de dinheiro público do Fundo Partidário para financiar candidaturas laranjas do PSL, partido de Bolsonaro.

A ex-candidata chegou a fazer uma denúncia diretamente à Justiça Eleitoral mineira, mas recebeu apenas uma resposta protocolar.

Acompanhada do marido e de um amigo, Zuleide disse ao jornal ter se encontrado com o atual ministro no escritório dele no dia 11 de setembro, em Belo Horizonte.

“Eu não entendia nada, eles fizeram tudo (para registrar a candidatura), eu não tirei uma certidão minha, eles tiraram por lá, eu só enviei meu documento e eles fizeram tudo. Acredito, sim, que fui mais uma candidata-laranja, porque assinei toda a documentação que era necessária e não tive conhecimento de nada que eu estava fazendo (…) Fui usada, a minha candidatura foi usada para fazer parte de uma lavagem de dinheiro do partido”, afirmou Zuleide.

Segundo a reportagem, Zuleide relatou ainda que foi instada por Álvaro Antônio a assinar requerimento de solicitação de verba, endereçado ao então presidente nacional da sigla, Gustavo Babianno, que foi demitido do ministério por conta do escândalo e desentendimento com o clã Bolsonaro.

“Ele (ministro) disse pra mim assim: ´Então a gente vai fazer o seguinte: você assina a documentação, que essa documentação é pra vir o fundo partidário pra você (…) Para o repasse ser feito, você tem que assinar essa documentação. E eu repasso a você R$ 60 mil, e você tem que repassar pra gente R$ 45 mil. Você vai ficar com R$ 15 mil para sua campanha. E o material é tudo por nossa conta, é R$ 80 mil em materiais”, afirmou Zuleide.

Portal Vermelho