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Maringoni: Bolsonaro nos EUA rasgou o manual da diplomacia internacional

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O professor de Relações Internacionais da UFABC Gilberto Maringoni, em entrevista à TV 247 nesta sexta-feira, 22, comentou a ida de Bolsonaro aos Estados Unidos e disse que a viagem colocou o Brasil como país secundário diante dos norte-americanos; “Foi uma demonstração de tudo que não se deve fazer na diplomacia internacional”

247 – O jornalista e professor de Relações Internacionais da Universidade Federal do ABC (UFABC), Gilberto Maringoni, comentou sobre a viagem do presidente Jair Bolsonaro à Casa Branca na última terça-feira, 19. Para ele, Bolsonaro “rasgou o manual” da diplomacia internacional ao fazer inúmeras concessões ao presidente americano Donald Trump.

“O que Bolsonaro fez a Washington foi oferecer uma série de prerrogativas, foi uma demonstração de tudo que não se deve fazer na diplomacia internacional porque você não coloca nenhuma pressão e nenhuma dificuldade ao seu interlocutor”, disse Maringoni.

O professor explica que o Brasil assume o posto de país secundário para Trump depois da visita à Washington . “O que é mais natural que aconteça é que o Trump veja o Brasil com um país secundário, ‘esse já está ganho, não vou me preocupar com ele'”.

Para Maringoni, é normal que o governo queira se aproximar dos Estados Unidos visto o peso do Brasil internacionalmente e o compromisso que existe entre os dois países comercialmente, mas alerta que esse relacionamento não pode ser submisso por parte dos brasileiros.

O jornalista criticou a postura diplomática internacional de Bolsonaro e sua imagem. “Bolsonaro está se tornando internacionalmente um sujeito radioativo, aquele cara que você não consegue chegar perto sem se contaminar com toda a carga política que ele traz junto”.

Gilberto Maringoni confessou ter medo do futuro do país nas mãos de Bolsonaro e acredita em um fim triste para o Brasil. “Nós estamos caminhando para um desastre. O que o governo está fazendo é brincando com fogo diante da população e dos militares, ele está acirrando conflitos históricos na sociedade brasileira. Eu tenho muita preocupação com o que esse imbecil pode fazer e traçar de futuro para a gente, não só na questão mais geral de decoro mas concretamente. Estamos criando um caldo de cultura muito perigoso para o futuro”.

Por Brasil 247