Balsa utilizada pelo garimpo ilegal na TI Yanomami | Foto: Ricardo Campos/Ibama

A operação contra o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, em Roraima, destruiu, em 30 dias de atuação intensa contra os invasores da região, 200 acampamentos, duas aeronaves e 84 balsas e embarcações. O balanço foi divulgado nesta terça-feira (14) pela Polícia Federal.

Os números do primeiro mês de ofensiva da ‘Operação Libertação’ reúnem dados do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Polícia Federal (PF), que investiga os invasores, da Força Nacional de Segurança Pública, Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).

Durante o período também foram inutilizadas ou apreendidas 27 toneladas de cassiterita, 11,4 mil litros de combustíveis, 172 motores e geradores de energia, equipamentos como maquinários para extração de minérios, motosserra, mercúrio, modens de internet via satélite, celulares, uma tonelada de alimentos, além de armas e munições.

Os números do Ibama também contabilizam 570 gramas de ouro apreendidos e R$ 10.144.500 em multas aplicadas aos invasores ambientais.

Segundo a PF, há mais de 40 procedimentos investigativos relacionados ao garimpo ilegal na região, que já resultaram no bloqueio judicial 65 milhões de reais.

O Diretor de Meio Ambiente e Amazônia da PF, Humberto Freire, destaca que esta operação marca o início da atuação da DAMAZ, cuja criação evidencia uma das prioridades da Polícia Federal e do estado brasileiro: “Estamos atentos às expectativas que a sociedade brasileira e o mundo têm em relação aos temas relacionados à Amazônia e ao meio ambiente de maneira geral, e atuaremos de forma a garantir os direitos das populações afetadas, enfrentando a criminalidade organizada com o objetivo de alcançarmos todos os elos da cadeia criminosa da mineração ilegal”.

O presidente Lula (PT) participou nesta segunda-feira (13) da 52ª Assembleia Geral dos Povos Indígenas de Roraima e prometeu que o governo vai promover a retirada definitiva dos garimpeiros do território reservado aos Yanomamis. Na ocasião, o líder indígena Davi Kopenawa afirmou que ainda há garimpeiros escondidos no local. “Vamos acelerar a nossa luta para retirar os garimpeiros da Terra Yanomami. Os garimpeiros ainda estão escondidos. Eles foram para a Venezuela, para outro lugar chamado Homoxi, e estão escondidos.”, pediu o líder indígena a Lula.

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com informações de agências