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Preço de alimentos, segurança e saúde pesam na avaliação do governo, diz Ipec

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Preço de alimentos, segurança e saúde pesam na avaliação do governo, diz Ipec

 

Segundo levantamento do instituto, combate à inflação, segurança pública e saúde ficam entre as áreas mais mal avaliadas. Educação tem o melhor índice. As piores avalições vem dos que votaram em Bolsonaro, 66%

 

Foto: EBC

Em meio a um cenário marcado por forte divisão ideológica na sociedade e na política, pelos obstáculos existentes para reconstruir o Brasil frente ao desmonte dos anos anteriores e por dificuldades de âmbito político-institucional, nova pesquisa Ipec aponta um quadro mais crítico por parte da opinião pública em relação ao terceiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O preço dos alimentos pesa para a visão sobre a inflação e a economia. De um total de oito áreas avaliadas, a da educação aparece com o melhor resultado.

O levantamento feito pelo instituto foi publicado neste domingo (21) e acende mais uma luz vermelha ao governo. As piores avaliações estão no combate à inflação e nas áreas da segurança pública e da saúde. No primeiro caso, a opinião de que está ruim ou péssimo vai a 46% — 23% dizem ser bom ou ótimo e 28%, regular.

Para boa parte da população, portanto, a inflação segue pesando no bolso, sobretudo quanto aos alimentos, mesmo com a redução que o índice teve anos últimos 12 meses e de estar abaixo do teto da meta — em março, o percentual ficou em 3,93%, ante 4,65% nesse mesmo mês no ano anterior.

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As outras duas áreas, segurança pública e saúde, têm 42% de avaliação negativa cada. No caso da primeira, 27% acham o oposto e 28%, regular. Neste campo, é preciso considerar que podem respingar no governo federal situações de determinados estados, como Rio de Janeiro e São Paulo, ao mesmo tempo em que a fuga de dois detentos do presídio federal de segurança máxima de Mossoró (RN), recapturados após 51 dias, também pode ter influenciado esse posicionamento.

Quanto à saúde, a epidemia de dengue pode estar pesando na avaliação, especialmente porque a pauta tem sido usada por setores políticos de oposição para desgastar o governo e a titular da pasta, Nísia Trindade, como forma de abrir a vaga para políticos do centrão, que a cobiçam desde o começo do mandato.

O combate à fome e à pobreza, uma das principais bandeiras do governo, tem 38% de ruim/péssimo, 37% de regular e 33% de bom/ótimo. Outra área cara ao governo Lula, a luta contra o desemprego tem 39% de avaliação negativa, frente a 26% de positiva e 31% de mediano. Na política externa, 37% julgam ruim/péssimo e 30% bom/ótimo, com outros 24% ficando no regular.

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No campo oposto, a educação angariou 38% de bom/ótimo, frente a 31% de ruim/péssimo e 28% de regular. E, em que pese ter mais avaliações negativas do que positivas, o meio ambiente tem um dos menores percentuais de ruim/péssimo, com 33%, índice igual ao de bom/ótimo; 29% acham regular.

No que diz respeito ao perfil dos eleitores, 37% daqueles que disseram não ter votado nem em Lula, nem em Jair Bolsonaro, avaliam mal a economia e 41% acreditam que está a mesma coisa. Entre os bolsonaristas, a avaliação negativa vai a 66% e 60% dos lulistas acreditam que houve melhora.

Ao todo, o Ipec ouviu dois mil eleitores em 129 municípios entre os dias 4 e 8 de abril; a margem de erro é de dois pontos percentuais.

Com agências